Relação do Estado com o setor siderúrgico: estudo comparado Brasil-Estados Unidos
26/10/2005Este texto apresenta um quadro da evolução histórica do setor siderúrgico brasileiro e norte-americano. Recuperando a origem da siderurgia em cada um dos países, analisa-se de que forma o setor se constituiu em termos de estrutura produtiva. Paralelamente, e a fim de identificar os padrões de relacionamento entre os atores do setor (de empresas a grupos da sociedade civil) e o governo, examina-se como o setor se organiza politicamente .
Inicialmente tratando do caso norte-americano, é identificada uma tendência de estruturação do setor que apresenta grande independência em relação à participação do governo como ator-participante – embora esse governo se apresente como um importante aliado na proteção ativa do setor. Desta forma, percebe-se que seu desenvolvimento esteve sempre mais calcado em iniciativas e projetos privados.
Num segundo momento, é realizado o estudo do caso brasileiro, em que é identificada uma tendência de atuação direta do governo no desenvolvimento do setor produtivo siderúrgico, ou seja, no Brasil, o governo vem atuando como investidor e controlador de importantes empresas e grupos siderúrgicos.
As análises aqui desenvolvidas permitem indicar possíveis explicações para as tendências comportamentais dos atores do setor siderúrgico dos respectivos países. Enquanto no caso brasileiro percebe-se um comportamento mais dependente das empresas com relação ao governo, no caso norte-americano é possível identificar um relacionamento político mais intenso no sentido de pressionar pela elaboração de políticas protecionistas para o setor.
Relação do Estado com o setor siderúrgico: estudo comparado Brasil-Estados Unidos