Estados Unidos buscam aproximação com “países-baleia”
22/03/2011
Nova conjuntura internacional e reordenamento do poder colocam Brasil como um dos principais países no tabuleiro global, o que atrai a atenção e a parceria de gigantes domo EUA e China.
O avanço dos países emergentes e a maior importância após a crise financeira internacional abriram o precedente para o Brasil se destacar dentro do cenário internacional, atraindo os olhos e a atenção de países historicamente líderes políticos no mundo.
Não por acaso, a vinda do presidente Barack Obama ao país tem sido apontada como um momento de inflexão na política externa nacional. Já não sobram dúvidas que — talvez pela primeira vez na história — o Brasil tem parecido suficientemente atraente aos olhos do gigante Estados Unidos.
“Há um desejo de ter um novo aliado para o século 21 e, para isso, ninguém melhor que os chamados países-baleia”, afirma o pesquisador da Universidade de São Paulo, Geraldo Forbes.
Em outras palavras, os americanos vêm à América Latina em busca de um parceiro de peso para aumentar sua influência nas decisões da região, se favorecendo dessa primazia das companhias brasileiras.
No entanto, ainda que esse seja o primeiro contato entre as partes, Forbes não descarta a possibilidade do surgimento de uma pauta mais complexa.
Continuidade
Mesmo marcando o início de um novo relacionamento entre Brasil e Estados Unidos, há quem defenda que Obama não teria ainda aceitado o convite de vir ao país por incompatibilidade de agendas com o presidente Lula. Chegado o período eleitoral, ficam suspensas as visitas bilaterais.
“Hoje nós temos alguma semelhança de agenda com os Estados Unidos. Alguns acordos devem surgir”, avalia Rodrigo Ulhoa Cintra de Araújo, Chefe de Departamento de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing.
Araújo aposta no que chamou de “uma série de acordos guarda-chuva” que atuarão nos mais variados setores. “Acredito que vá sair pautas do setor de desenvolvimento social e meio ambiente, além de novas negociações quanto a barreiras sanitárias e fitossanitárias para produtos para o Brasil”, explicou.
Jornal Brasil Econômico
Data 18/03/11